Com a crise de abastecimento de água cada vez mais frequente
em Bom Jesus do Itabapoana, a necessidade de investir em tecnologias ambientais
se torna urgente
O rio Itabapoana enfrenta uma crise brutal que está o
limitando cada vez mais, a CEDAE sucateada em nossa cidade passa o dia todo
remendando sua rede deteriorada de amianto, e em breve teremos o retorno das
aulas com o incremento de consumo nas escolas que tem seus sistemas de
abastecimentos defasados.
E a solução não é nenhuma novidade, é uma tecnologia
utilizada em todo planeta há muito tempo, que é a captação da água da chuva
para diversos fins que proporciona a redução do consumo de água tratada, no
caso das escolas a água serve para abastecer as caixas de descargas dos
banheiros, para irrigar os jardins e lavar os pisos.
E para ilustrar uma oportuna sugestão nesta reportagem, temos
as imagens da Escola Estadual Governador Roberto Silveira que conta com três
grandes coberturas com incalculável potencial de captação de água da chuva, podendo
inclusive abastecer além da própria escola, o CAPS e a Casa Lar, bastando um
pouco de entendimento entre a gestão da escola e o município que o custo ficará
irrisório para os cofres púbicos.
O que essas três instituições irão economizar com a despesa
de água tratada nos faz vislumbrar que em muito pouco tempo o valor investido
será integralmente retornado, e ainda sem correr o risco de ter que contratar
caminhões pipas para suplementar o abastecimento da escola no início das aulas.
Outro benefício em captar e armazenar a água da chuva nessas
três grandes coberturas da citada escola é que o volume de água que descerá na
rua diminuirá substancialmente nas enxurradas que sempre alagam as ruas
asfaltadas do centro, seria um desafogo e tanto para as galerias das
redondezas.
Os gestores públicos por exemplo poderiam ser ainda mais
ousados e vislumbrar a implantação do sistema de captação de energia solar nas
coberturas dos prédios públicos, o que poderia abrir um enorme leque de redução
de custo da máquina pública, sistema de câmeras, iluminação dos prédios
públicos e tantas outras possibilidades que podem ser inseridas.
Atualmente já existem tecnologias de captação de energia
solar para alimentar lâmpadas com custo mais baixo do que o modelo convencional,
enquanto a energia solar é um sonho mais oneroso, podemos pôr em prática um
projeto piloto com essas três instituições no projeto de captação de água da
chuva.
Está na hora dos gestores públicos darem um basta nas
reclamações dos problemas de custeio das prefeituras, o momento é ter visão
empresarial na gestão das prefeituras buscando soluções tecnológicas voltadas
para a sustentabilidade para reduzir o custo da máquina pública, e converter as
economias nas muitas prioridades pendentes no município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário