domingo, 23 de março de 2014

Mensagem da internauta Aninha Ferreira em defesa do Rio Itabapoana

“Bom dia meu amigo!

Então meus amigos, se alguém tem intimidade ou ligação com algum dos secretários de nossa cidade, principalmente, de Agricultura, Meio Ambiente, Obras e Saúde, ATÉ MESMOS COM EXCELENTÍSSIMA Srª. PREFEITA, pedem a eles socorro, pois esta situação tem que mudar, tendo em vista que nos últimos dias estamos acompanhando nos noticiários diários a situação envolvendo o tema água nas principais cidades de nosso país.

E a Câmara Municipal, não teria estar fiscalizando o trâmite deste importante projeto? Será que estão, pelo menos uma vez por ano, discutido o assunto?
O Rio Itabapoana é muito importante para nossa região, pois abrange três estados, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.


Outro ponto que me chama muita atenção. É o local onde é efetuada a captação da água que utilizamos. Vocês já foram até o local para ver a situação? 
Cuidado para não ficarem assustados ou com nojo do que vão presenciar, posso lhes garantir "É UMA VERGONHA". E mais, o que está sendo feito para mudar esta situação?
Assim, vamos exigir das autoridades atitude, com a máxima urgência.”

sexta-feira, 21 de março de 2014

Um punhal sobre o Paraíba do Sul

Por Arthur Soffiati

Publicado na Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 21 de março de 2014

A destruição da Bacia do Paraíba do Sul começou efetivamente no século 18. Primeiro, veio o desmatamento, expondo as margens à erosão e assoreando os leitos com sedimentos. 

Em seguida, veio a agropecuária. No século XX, a bacia se transformou numa das áreas mais urbanizadas e industrializada do Brasil. 

Aumentou, então, a demanda de água para abastecimento público e empresarial. Ao mesmo tempo, os rios da bacia se transformaram em cloacas, ao serem poluídas pela agropecuária, indústria e cidades.

Barragens para regularização, transposição e geração de energia foram construídas no rio principal e nos afluentes sem nenhum planejamento que contemplasse toda a bacia. 
A mais conhecida delas é a de Santa Cecília, que transpõe grande volume de água para o pequenino Rio Guandu, a fim de abastecer grande parte da cidade do Rio de Janeiro. 

Essas intervenções nocivas e a introdução de espécies exóticas são responsáveis pelo empobrecimento da biodiversidade nativa e pelo comprometimento da navegação, da pesca, da qualidade e da quantidade de água. 
Os efeitos já são percebidos na foz do rio, onde as transformações ameaçam fechar a desembocadura ou salinizar a água doce.

Agora, São Paulo corre o risco de ficar sem água pelo aumento do consumo ou pelas estiagens prolongadas que afetam os reservatórios abastecedores. A solução encontrada pelo governo estadual é a captação de água na Bacia do Paraíba. 
Se tal solução for aprovada, o Paraíba será novamente apunhalado. Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Ministério Público Federal devem invocar o princípio da precaução: na dúvida, São Paulo não deve ultrapassar.

domingo, 9 de março de 2014

Termelétrica Uruguaiana é reativada. O que você tem a ver com isso?

Todo verão é a mesma coisa. O consumo de energia atinge o seu pico máximo e a demanda é maior do que a produção. Temos, como consequência, os já conhecidos “apagões”. 

E se há um consumo maior, há a necessidade de se produzir mais. Com pouca chuva, as hidrelétricas, que produzem energia limpa,  não dão conta do recado.

Geralmente, as hidrelétricas (que constituem nossa principal matriz energética) conseguem dar conta do recado, mas nem sempre é assim. “No cenário normal, esta fonte consegue suprir a demanda do país. Entretanto, quando há períodos de estiagem e seca, como o que atravessamos atualmente, os níveis dos reservatórios diminuem e a produção de energia através das hidrelétricas fica prejudicada. 
Uma vez que a produção hidrelétrica é reduzida, entram em cena as termelétricas, para suprir essa parcela de demanda que deixará de ser atendida”, explica o engenheiro ambiental Gabriel Fenerich.

Para evitar os apagões e reforçar o suprimento de energia, o Governo Federal anunciou a reativação da Termelétrica Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Segundo informações oficiais, ela será utilizada nos meses de março e abril deste ano.

Mas, afinal, o que são usinas termelétricas?

As usinas termelétricas são instalações que se utilizam do calor para produzir energia. Para gerar calor, elas podem utilizar diversas fontes, como biomassa, energia nuclear e de combustíveis fósseis. A usina termelétrica Uruguaiana utiliza como combustível o gás natural, que é um combustível fóssil, sendo uma fonte de energia não-renovável. 
“Quando comparado a outros combustíveis, o gás natural, na combustão, gera uma gama menor de substâncias poluentes ou danosas à saúde humana. Isso não quer dizer que não haja problemas”, ressalta o engenheiro (veja mais sobre combustíveis fósseis aqui).

E quais são os riscos das termelétricas para o meio ambiente?

Apesar de ser considerado o método "mais limpo" dentre os que têm combustíveis fósseis como matéria-prima, a utilização de térmelétricas de gás natural causa danos ao meio ambiente. Fenerich elenca os possíveis riscos em três categorias:

1. Riscos relacionados à combustão

Engloba os danos causados pela liberação de poluentes na atmosfera: “ numa queima controlada e ajustada, são gerados, como produtos da combustão, gás carbônico e vapor d'água, sendo que o CO2 é um dos compostos que agravam o efeito estufa”, explica.

2. Riscos relacionados a acidentes na planta

Diz respeito a acidentes que ocorrem nas instalações, como explosões de caldeira, rompimento de tubulações, incêndios, problemas nos gasodutos.

3. Riscos considerando toda a cadeia produtiva

Podem ser apontados, por exemplo, problemas e vazamentos nas plataformas de extração, gasodutos e cadeia de transporte.
(Confira também um estudo de Karina Ribeiro Salomon, em que aborda os impactos causados pelas termelétricas)

Além dos riscos, a negligência de empresas de energia colabora para que eles se tornem realidade. É o caso da poluição do Rio Dan, na Carolina do Norte (EUA), por cinzas de carvão - resíduo da queima de carvão como fonte de calor para geração de energia. 
Os resíduos da empresa Duke Energy estão sufocando animais que vivem no leito do rio, como tartarugas que estão em hibernação (veja matéria completa em inglês).

E o que eu tenho a ver com isso?

Se as termelétricas são acionadas pelo aumento de consumo, você tem muito a ver com isso. Economizar  é a palavra-chave. Veja aqui as dicas que o Portal eCycle dá para consumir energia de maneira mais consciente.
O acionamento de termelétricas é caro demais: no final, quem paga a conta é o consumidor e o meio ambiente.


Mais 20 produtores mobilizados para proteger nascentes

Autor: Maria Helena Fabriz - 16/07/2013

O Instituto Terra já iniciou a etapa de mobilização junto aos 20 produtores rurais de Aimorés que serão atendidos pelo programa de recuperação de nascentes Olhos D'Água a partir do apoio da Fundação Anne Fontaine. Conforme previsto no projeto, cada produtor selecionado receberá os insumos necessários para o cercamento, mudas para plantio, placas alusivas ao projeto e o diagnóstico quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos das nascentes em recuperação.

Nessa primeira etapa o trabalho de sensibilização já foi realizado com 11 proprietários rurais, totalizando nove nascentes cadastradas. Finalizada a etapa de mobilização das 20 unidades atendidas, o passo seguinte será promover o georreferenciamento das propriedades e elaborar o diagnóstico sobre o atual uso e ocupação do solo, seguido de um plano de adequação ambiental para uso futuro de acordo com novo Código Florestal Brasileiro.

Esse levantamento consiste em mostrar como a propriedade está ambientalmente hoje e o que precisa fazer para se adequar à nova lei. O projeto identifica o perfil de cada propriedade, bem como os manejos usados pelos proprietários em suas atividades econômicas, alem das áreas de conflito que deveriam ser reflorestadas e que atualmente estão sendo utilizadas na agropecuária.