quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mais duas PCH’s ameaçam Itabapoana, e o poder público se mantém inerte

A manifestação da comunidade de Calheiros na defesa da Cachoeira da Fumaça vem em um momento mais que oportuno para o poder público agir em tempo de evitar o que será uma tragédia ambiental consta o castigado rio Itabapoana, ele que já sofreu com brutais agressões ambientais na construção das PCH’s de Calheiros e Pirapetinga, agora se vê na iminência de serem construídas mais duas PCH’s.

Impressiona como um assunto de tamanha magnitude passe em branco dos debates na câmara legislativa com o anúncio da construção dessas duas usinas formalizadas oficialmente desde dezembro de 2013, e as tramitações permanecem seguindo em frente com a participação direta do poder executivo completamente na surdina.

Faço mais um apelo aos vereadores da oposição que se oficie ao executivo em que pé está as possibilidades de se concretizar a construção dessas usinas, é inaceitável que isso venha a ocorrer sem que tais projetos fossem submetidos aos legisladores do município.

Registre-se que além de testemunharmos o desaparecimento da Cachoeira da Fumaça de Calheiros, com a construção da PCH Saltinho do Itabapoana, a PCH Bom Jesus fará desaparecer todo o santuário ecológico da Ilha Caeté com a inundação prevista nesta obra, um prejuízo ambiental sem precedentes ao vermos desaparecer um eco-sistema tão diverso ainda em nossa região.
Fiquem certos que qualquer especialista ambiental irá garantir que o rio Itabapoana não suporta mais nenhuma usina de energia nos próximos vinte anos, quanto mais duas, sem contar que a Cachoeira da Fumaça está protegida por lei de acordo com o Plano Diretor do Município, constando ainda a mesma entre os pontos turísticos oficiais de Bom Jesus do Itabapoana.

Portanto caros amigos que se preocupam com o rio Itabapoana, se a sociedade não se mobilizar e buscar os poderes fiscalizadores constituídos, teremos muito em breve o início da construção dessas usinas que gerarão enormes impactos agressivos ao meio ambiente.

Existem leis que viabiliza uma ação popular para impedir o andamento deste processo até uma avaliação técnica e independente, busquem os vereadores da oposição e o judiciário, pois se depender do poder executivo, nosso rio irá secar sem dúvidas.

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