Importante
manifestação do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) a conduta
governamental em todas as esferas, que estão notadamente subservientes aos
interesses das mineradoras
“A mineradora Samarco
(controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton), o governo de
Minas Gerais e o Governo Federal não podem tratar o rompimento das barragens de
Mariana como desastre inevitável. A lama já deixou 300 famílias desabrigadas,
mais de 300 mil pessoas sem água, 25 mil estudantes fora das escolas e deve
atingir ainda mais cidades que dependem do Rio Doce.
Precisamos tratar com
urgência, e em primeiro plano, da irresponsabilidade ambiental praticada tanto
pelas empresas, que aumentam deliberadamente as barragens sem qualquer tipo de
planejamento e com auto-inspeção, quanto pelos poderes públicos, que têm fiscalizações
precárias, ao ponto de terem concedido licença ambiental para a Samarco mesmo
após um laudo técnico elaborado a pedido do Ministério Público de MG ter
alertado, em 2013, sobre os riscos de rompimento da barragem do Fundão.
Em meio ao que já pode
ser considerado um dos maiores desastres ambientais no país, a Câmara dos
Deputados reinstalou uma Comissão Especial para analisar e votar a toque de
caixa, com o apoio do governo federal e sem participação social, um projeto de
lei que altera - para pior - o Código da Mineração.
Dos 37 deputados que já integram a Comissão, 17 tiveram doações de empresas ligadas à mineração. O PSOL é contra.
Dos 37 deputados que já integram a Comissão, 17 tiveram doações de empresas ligadas à mineração. O PSOL é contra.
Estamos indo na
contramão. Lamentável e irresponsável o papel que o governo de Pimentel, o
governo de Dilma Roussef e a ampla maioria dos deputados cumpre no momento,
abrindo espaço para que mais desastres acabem com vidas em nome do lucro.
Agora é hora de reabrir a discussão sobre a regulamentação da mineração no Brasil, com efetiva participação das comunidades atingidas e foco na responsabilidade empresarial e no direito ao território e à dignidade humana.”
Agora é hora de reabrir a discussão sobre a regulamentação da mineração no Brasil, com efetiva participação das comunidades atingidas e foco na responsabilidade empresarial e no direito ao território e à dignidade humana.”
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