É muito grave o
momento em que vive Bom Jesus do Itabapoana e seus habitantes, se refletirmos
com profundo senso crítico, podemos facilmente constatar que nosso poder
público é capaz de proporcionar fenômenos que desafiam a própria natureza e
suas características.
Em qualquer lugar
governado por pessoas decentes e comprometidas, a chegada da Primavera é
sinônimo de positividade, beleza e alegria, é a saída do inverno com a florada
de praticamente todas as espécies, no colorido natural com dias ensolarados e
temperatura agradável são marcas mais do que registradas da Primavera, menos em
Bom Jesus do Itabapoana do século XXI.
Vídeos produzidos por Wool Fabiano e Bia Talyuli - Facebook
A chegada da Primavera
bom-jesuense teve sua primeira marca registrada se manifestando na noite de
sábado (07/11), em que uma forte chuva ocasionou o caos rotineiro em todos os
pontos da sede do município, com mais destaque na Avenida Governador Roberto
Silveira e todo lamaçal que desce do Parque das Águas e do alto do Bairro Novo
(Rua Roney Carrereth Alves).
A chegada da primavera
também é motivo de apreensão para diversos comerciantes, haja visto que o
lamaçal que desce pela cratera da rua Guilherme Mathias será cada vez mais
intenso, até ocorrer uma tragédia de maiores proporções, e atualmente já temos
ocorrências da lama invadindo algumas lojas situadas nas ruas Buarque de
Nazareth e a 15 de Novembro.
Foto: Bia Talyuli/Facebook |
A chegada da primavera
com a sequência do verão com seus temporais, também significa o aumento da taxa
de insalubridade da cidade que vivemos, onde a lama represada ocasiona doenças
parasitárias, assim como ela depois de seca se transforma em poeira,
ocasionando em doenças respiratórias, sem contar com os diversos pontos de
acúmulo de água para contribuir na proliferação da dengue.
Diante deste cenário
estarrecedor, ainda temos um impasse ambiental vivido pelos moradores de Bom
Jesus do Itabapoana, em que ao mesmo tempo que a poeira se tornará constante em
suas rotinas, o racionamento de água os impedem de molhar a rua para amenizar a
poeira em suas residências.
Cabe ainda salientar que
a chegada das chuvas não significará no aumento da capacidade de captação e
tratamento de água por parte da CEDAE, a situação do assoreamento do rio Itabapoana
é tão grave que quanto mais forte for a chuva, mais lama será despejada no
leito do rio, e muito próximo do ponto de captação, o que levará a diminuir a
capacidade de captação e tratamento de água.
Este problema
relacionado ao assoreamento que compromete a capacidade de capacitação de água
já ocorreu em 2014 com a CEDAE desligando uma das bombas no centro da cidade,
devido a quantidade absurda de lama contido no leito do rio Itabapoana, fruto
da deterioração ambiental que venho alertando desde 2011.
A prefeita está
finalizando seu sétimo ano à frente da prefeitura, e até o momento ela não se
mobilizou e se atentou sobre a gravidade ambiental do perímetro urbano de Bom
Jesus do Itabapoana, e sem dúvidas que esta será uma das maiores heranças
malditas que ela deixará para seu sucessor ou sucessora.
Foto: Gisele Nassar/Facebook |
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