Bom Jesus do Itabapoana tem praia sim senhor! E nossa praia
fica localizada entre Barra do Pirapetinga e Calheiros, em nossa região serrana
e aproximadamente uns vinte quilômetros do centro de Bom Jesus. E desde 2004
que esse paraíso se tornou nosso principal ponto turístico no verão, as pessoas
que não tem como viajar para as praias no verão, vem aos fins de semana curtir
a praia bom-jesuense. E neste domingo ensolarado estive nessa localidade que
antigamente era conhecida como a “Cachoeira da Perpétua”, depois passou a ser
chamado de “Areal do Alamir” e hoje está popularmente e carinhosamente batizada
de “Piuminha”, em uma alusão à Piúma, balneário do litoral sul capixaba muito freqüentado
por bom-jesuenses.
E a cada ano que passa a freqüência desse ponto turístico
tem aumentado consideravelmente demonstrando o potencial turístico que temos e
que o poder público ainda não se atentou para isso. E é sobre a
participação do poder público que vamos abordar nesta reportagem , que
conforme todos podem observar que neste domingo (28-10) tiveram presentes uns
duzentos banhistas se refrescando em nosso “paraíso tropical”, e pra quem pensa
que esses registros flagram um grande número de freqüentadores, adianto que no
ápice do verão o número é bem maior, principalmente nos feriados, importante
lembrar que estamos finalizando outubro, e que a partir de final de novembro é
que a freqüência aumenta de vez.
Neste momento abordarei dois tópicos que polemiza com o
fenômeno “Piuminha”, que estão na questão ambiental desse fenômeno e na
segurança dos banhistas; Com a consolidação desse local como ponto turístico e
de interesse público, o governo mediante a essa destacada freqüência de
veranistas, tem que de imediato tomar duas medidas, a primeira é limitar o
acesso de banhistas, pois a depredação ambiental daquela área já está evidente
em nosso paraíso ameaçado, eu particularmente não sei mensurar o número exato
de banhistas que esse local suporta, o que não tenho dúvidas é que hoje o
número de freqüentadores é muito além da capacidade de lá, além de implantação de lixeiras e placas com mensagens conscientizadoras. A segunda medida é
disponibilizar guarda-vidas nos dias de sol e com reforço nos fins de semana,
essa praia de água doce também é freqüentada nos dias úteis, e posso afirmar
que o perigo naquelas águas é real, tanto que houve ao menos uma ocorrência de
afogamento com óbito nos últimos anos.
ASSISTAM OS VÍDEOS DESSA MATÉRIA
Como chegar
Os banhistas e o lixo
Crianças em perigo
Tem-se a falsa impressão de que trata-se
de uma parte tranqüila do Rio Itabapoana, mas não é, há bastante correnteza e o
fundo é todo de areia e bastante instável, tudo isso aliado ao grande consumo de bebidas alcoólicas aumentando
o risco de afogamentos e acidentes no retorno a Bom Jesus em vinte quilômetros
serra abaixo.
Mas existe um obstáculo legal que impede o poder público
promover qualquer ação nesse sentido, pois segundo determina o artigo 62º de
nosso código de posturas “não é permitido tomar banho em rios, córregos e
lagoas do município, exceto os locais designados pela prefeitura para a prática
de esportes náuticos e banhos”.,e atualmente não há nenhuma área designada pela
prefeitura para tal prática. O governo tem que regulamentar a exploração turística
em nossos muitos pontos turísticos de banho existentes, principalmente na
região serrana do município. Para tanto, é preciso contratar biólogos e
turismólogos para que se realize um estudo de viabilidade de exploração dessas potencialidades turísticas
de maneira que amenize ao máximo os impactos ambientais desses empreendimentos.
Eis aí uma potencialidade turística inexplorada pelo poder público, a população é quem
criou esse ponto turístico que hoje é uma realidade que não tem como ficar indiferente, não tem volta, e que mesmo dentro de todas as informalidades presentes esse paraíso já gera lazer e renda para a sociedade, mas o
custo ambiental está sendo caro e o risco dos banhistas é real.
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